Literatura de Cordel: Cultura viva no Cariri

Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, cuja  história da começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. O nome cordel deriva da forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro.


Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Entre suas temáticas encontram-se fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre outros. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. 

Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Os folhetos costumavam ser vendidos em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje, o cordel é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.


No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, em que se destacam os estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Uma das figuras mais representativas da Literatura de Cordel, do artesanato popular tradicional e da cultura de raiz como um todo de Juazeiro do Norte é Abrãao Batista. 


A Literatura de Cordel apresenta vários aspectos interessantes e dignos de destaque.  Um deles diz respeito a tipologia de assuntos que cobrem, crítica social e política e textos de opinião, elevando o cordel ao estandarte de obras de teor didático e educativo. Este tipo de literatura funciona, ainda, como divulgadora da arte do cotidiano, das tradições populares e dos autores locais, sendo, desta forma,de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro. Além disso, as gravuras (xilogravuras), representam uma importante herança do imaginário popular. A literatura de cordel também pode contribuir na disseminação de hábitos de leitura. 

Uma boa sugestão para quem quer conhecer um pouco mais da cultura do cordel e do Cariri é visitar a Lira Nordestina. A história da Lira Nordestina se confunde com a história da Literatura de Cordel no Brasil.A Lira é uma gráfica sediada em Juazeiro do Norte, voltada para a produção de cordéis, desde 1926. Hoje é um dos pontos de cultura do Brasil, por determinação do Ministério da Cultura, na Gestão do ex-ministro e artista Gilberto Gil.
A Lira Nordestina está situada na cidade de Juazeiro do Norte, sul do Estado do Ceará, no Campus da Universidade Refional do Cariri (URCA), no bairro do Pirajá, onde estão expostos cordéis e xilogravuras em geral.


Dar á César o que é de César: fontes e créditos
http://raizescariri.blogspot.com/2007/12/uma-boa-sugesto-para-quem-quer-conhecer.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel

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