Política, música e futurologia por Gilberto Gil.





Acha importante a eleição de Joaquim Barbosa para a presidência do Supremo?

Acho sim, claro. Uma das questões que vêm sendo discutidas no Brasil é a presença de negros em postos importantes do País. Quando eu fui para o ministério, um dos temas era esse também. Quando Pelé foi para o ministério. Juízes negros, professores negros, empresários negros. Terça-feira mesmo estive com Condoleezza (Rice), ela fez uma palestra aqui ontem. É interessantíssima, uma pessoa muito qualificada. Ela agora dá aulas de Relações Internacionais em Stanford, em Palo Alto, que é de onde veio. Quando ministra, era secretária de Estado e fez uma visita à Bahia. Levei-a à Igreja do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, com um bando de artistas, Carlinhos Brown, Margareth Menezes. Ela adorou, ficamos amigos. Sempre que vou aos Estados Unidos nos falamos. Como estava aqui, ela pediu ao Nizan (Guanaes) que me convidasse para ir vê-la.




Você viu que foi aprovado o Vale Cultura na Câmara dos Deputados, um projeto que você iniciou quando era ministro da Cultura?

Vi. Fico satisfeito, porque são projetos que merecem ser retomados, tinham uma certa acolhida da sociedade. Nós tínhamos criado um diálogo interessante com uma bancada de apoio à cultura, cerca de 300 deputados e 30, 40 senadores envolvidos. Havia toda uma construção que Marta Suplicy está demonstrando interesse em retomar.

Um interlocutor do ministério no governo, naquele momento, era o José Dirceu. Como vê o caso dele?

O Dirceu foi um interlocutor importante. Acompanhou todo o processo. Mais recentemente, já no decorrer do julgamento do mensalão, ele esteve em minha casa na Bahia e também na minha casa no Rio. Tenho um apreço pelo José Dirceu, sinto muito tudo isso que aconteceu com ele. Mas, ao mesmo tempo, na medida em que essas questões passaram a ser apuradas, investigadas, etc., etc., acho muito natural que exista um tribunal que se disponha a julgar e a dar um epílogo a tudo. É o que está acontecendo.



Prêmio Culturas Populares 2012


Os interessados em participar da edição 2012 do Prêmio Culturas Populares terão um bom prazo para preparar a documentação que será necessária em todo o processo de inscrição das propostas e outras questões relacionadas ao concurso.
As inscrições para o edital instituído pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC/MinC),  estarão abertas a partir de 2013, no período de 5 de janeiro a 5 de abril.  O grande homenageado da atual edição é o ator, produtor e cineasta Amácio Mazzaropi, que completaria, neste ano, 100 anos.
Serão destinados 170 prêmios para Mestres, mais 170 prêmios para Grupos/Comunidades e 10 prêmios para Mestres in memoriam. Ao todo serão premiadas 350 iniciativas e o investimento total será de R$ 5 milhões.
São objetivos da premiação: fortalecer as expressões das culturas populares brasileiras; identificar, valorizar e dar visibilidade às atividades culturais protagonizadas por Mestres e Grupos/Comunidades e às estratégias de preservação de suas identidades culturais; incentivar a participação plena e efetiva dos Mestres e Grupos/Comunidades na elaboração, execução e avaliação de projetos, atividades, ações e iniciativas que envolvam as culturas populares por eles cultivadas, dentre outros.
Participação
Poderão participar do edital iniciativas que envolvam as expressões das culturas populares brasileiras, como ações e trabalhos, individuais ou coletivos, que fortalecem as expressões culturais populares, contribuindo para a sua continuidade e para a manutenção dinâmica das diferentes identidades culturais no Brasil.
Também poderão ser inscritos no concurso projetos que desenvolvam atividades de retomada de práticas populares em processo de esquecimento e difusão das expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem, em todas as suas formas e modos próprios como religião; rituais e festas populares; arte popular; mitos, histórias e outras narrativas orais.
Criado em 2007, o prêmio chega à sua quarta edição, somando 695 iniciativas premiadas em todo o país com um investimento total de R$ 6,9 milhões, sempre reconhecendo a atuação exemplar de Mestres e de Grupos/Comunidades praticantes de expressões das culturas populares brasileiras e fortalecendo essas expressões.
Amácio Mazzaropi (1912-1981) teve uma infância pobre. Começou a atuar na cidade de Taubaté (SP) em 1931 e, em 1942 montou a Troupe Companhia Amácio Mazzaropi, passando a viajar pelo interior do país com um pavilhão – um barracão de tábuas corridas, coberto de lona, com cadeiras e bancos de madeira para a plateia – chamado de Teatro de Emergência.
Ao todo, foram 32 filmes realizados pelo artista, que faleceu aos 69 anos, em São Paulo. Dentre os principais filmes estrelados por Mazzaropi estão: A Carrocinha (1955); O Gato da MadameFuzileiro do Amor e o Noivo da Girafa (1956); Chico Fumaça e Chofer de Praça (1958); Jeca Tatu e Pedro Malasartes (1959).
Informações
As inscrições para o edital poderão ser realizadas pela internet, por meio do Sistema SalicWeb, ou por via postal, sendo necessário, em ambos os casos, encaminhar a documentação e anexos exigidos pelo edital, para o endereço que consta no edital.
Dúvidas e informações referentes ao concurso poderão ser esclarecidas e/ou obtidas junto à SCDC/MinC, por meio do endereço eletrônico: culturaspopulares@cultura.gov.br
O edital do Prêmio Culturas Populares 2012 foi publicado no Diário Oficial da União (Seção 3, págs. 23 a 26), no dia 5 de novembro.
(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Fotos: Divulgação/Site oficial de Mazzaropi)
Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2012/11/23/premio-culturas-populares-2012-2/


M. Dias Branco é a maior empresa do Ceará

As melhores e maiores empresas cearenses foram conhecidas ontem à noite durante a solenidade de entrega do Prêmio Delmiro Gouveia. Cerca de 300 empresas participaram do Prêmio, que é realizado pela Fundação Demócrito Rocha e Grupo de Comunicação O POVO.

Coube ao setor industrial o prêmio máximo de reconhecimento do empreendedorismo cearense. A maior empresa do Ceará, escolhida dentre os critérios de avaliação do Prêmio Delmiro Gouveia, é a M. Dias Branco. O anúncio foi recebido com aplausos pelo público de laureados, políticos e empresários que comparecerem à cerimônia realizada, ontem à noite, no La Maison.
A empresa do cearense Ivens Dias Branco, que no ano passado tinha alcançado a quarta colocação dentre as maiores do Prêmio, atingiu a melhor pontuação entre as quase 300 empresas participantes da 12ª edição do Prêmio, que é realizado pela Fundação Demócrito Rocha e Grupo de Comunicação O POVO.
O grande premiado da noite recebeu o troféu de maior empresa do Ceará das mãos da presidente do Grupo O POVO, Luciana Dummar. “Eu acho que é um reconhecimento para nós. Só nos resta ficar muito honrados e muito agradecidos”, declarou Ivens Dias Branco. 
Durante a cerimônia de premiação, a presidente do O POVO, Luciana Dummar, frisou a importância do empreendedorismo cearense. No discurso, ela lembrou a iniciativa pioneira do pai, o jornalista Demócrito Dummar, ao criar o Prêmio Delmiro Gouveia, em 2001. “Ele foi um empresário visionário, um homem preocupado com os destinos do Ceará, e um jornalista em dia com o seu tempo. Demócrito Dummar, meu pai, foi um ser iluminado por Deus e, por isso mesmo, profundamente humano”, destacou Luciana Dummar. 
Ela também apontou as grandes tarefas que irão desafiar o Ceará daqui pela frente, como a construção do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Além disso, a presidente do Grupo O POVO enfatizou a importância das empresas cearenses para o desenvolvimento do Estado e do País. 
“Eu tenho certeza de que, mesmo com as dificuldades que sempre enfrentamos, mesmo com as pequenas turbulências que estamos passando na economia, o empresariado cearense está pronto para continuar dando a sua contribuição ao País”, declarou Luciana.