Entre os dias 21 e 23 de novembro, acontece, no Centro Dragão do
Mar de Arte e Cultura, o III Simpósio Mídia Nordeste. Com o tema "100 anos
de Luiz Gonzaga: a cultura do Nordeste na Mídia", a conferência adota,
desta vez, a música como eixo norteador das discussões, refletindo a relação
entre a cultura nordestina e a mídia.
"O centenário de Luiz Gonzaga é um modo de inspirar o Simpósio.
Realizamos este evento a cada dois anos e procuramos sempre relacioná-lo com
uma efeméride a fim de atualizar os debates. Como já trabalhamos imprensa e
televisão, resolvemos, desta vez, promover um diálogo com a música",
afirma a professora Elisabete Jaguaribe, uma das organizadoras.
Segundo
Jaguaribe, o objetivo do ciclo de debates é fugir do discurso reducionista da
dificuldade de diálogo entre a cultura popular e a mídia; e pensar em como uma
música popular do Nordeste conseguiu romper uma indústria cultural estabelecida
pelo sudeste e sul.
Entre os dias 21 e 23 de novembro, acontece, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o III Simpósio Mídia Nordeste. Com o tema "100 anos de Luiz Gonzaga: a cultura do Nordeste na Mídia", a conferência adota, desta vez, a música como eixo norteador das discussões, refletindo a relação entre a cultura nordestina e a mídia.
"O centenário de Luiz Gonzaga é um modo de inspirar o Simpósio.
Realizamos este evento a cada dois anos e procuramos sempre relacioná-lo com
uma efeméride a fim de atualizar os debates. Como já trabalhamos imprensa e
televisão, resolvemos, desta vez, promover um diálogo com a música",
afirma a professora Elisabete Jaguaribe, uma das organizadoras.
Construção
A palestra de abertura fica a cargo de José Miguel
Wisnik, doutor em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo e músico, com
quatro discos gravados. O tema de Wisnik será "Luiz Gonzaga e a construção
da canção de massas", a partir das 19 horas, no auditório do Centro Dragão
do Mar.
Segundo o pesquisador, o convite para a elaboração
de um projeto em Recife sobre Luiz Gonzaga o aproximou do tema e da música
nordestina. Para ele, o Rei do Baião pertence a uma seleção de artistas que
traduziram uma música popular, anônima e coletiva para uma música de massa.
"Havia, até então, um repertório que não era de ninguém e, com a chegada
do gramofone, alguns artistas se apropriaram dele e o traduziram para um
formato de canção que se tornava, a partir dali, mercadoria. Como Dorival
Caymmi com os temas praianos", afirma Wisnik.
Há, por isso, quem tenha criticado a figura de
Luiz Gonzaga, acusando-o de expor uma realidade copiada e não autêntica, mas
Wisnik discorda. "Não penso assim. Acho que, há, sim, uma parcela de
criação e não só de apropriação. Por exemplo, há quem acredite que o trio de
sanfona, zabumba e triângulo já existia antes de Gonzaga, mas não. Essa
formação foi uma criação dele. Por outro lado, ´Asa Branca´ não é total criação
dele e de Humberto Teixeira. Já existia um esboço daquela melodia que era
popular e anônima, que por tradição já se tocava, e eles criaram a letra,
tematizaram", explica.
Mais informações:
III Simpósio Mídia Nordeste. "100 anos de Luiz Gonzaga: a música popular nordestina no cenário da indústria cultural".
De 21 a 23 de novembro. No Auditório do Centro Cultural Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81). Contato: (85) 3488.8600
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