O que meu português quer dizer é que, se a experiência vivida é repassada através dos tempos e dos meios, somos sempre o final, a conseqüência, o reflexo, o resto, a criatura órfã. Somos, em arte, tudo que já se foi até agora, até a última arte. Não a última produzida, mas a última vista, a última que se parou pra refletir. Isto é o que nos falta: parar pra refletir. Não só sobre aquela arte, mas, sobre a Arte: fonte e expressão cultural, indelevelmente perpétua, aglutinadora e remodeladora de pré-conceitos, preceitos e conceitos, mas, sem preconceitos.
Por isso e por tudo é que devemos ser instigados, desde sempre, e cobrados, para sempre, a sermos arteiros e, assim, quiçá nos tornarmos artista. Faça arte.
Acabo aqui e vos deixo: A arte é a fuga da realidade, para que voltemos à realidade através do sonho; ou, segundo Gandhi, “A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte."
Texto: Mario Piccarelli
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